Quem venceu no “mercado livre de energia dos pequenos”

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Quem venceu no “mercado livre de energia dos pequenos”

O Brasil acaba de atingir 30 gigawatts (GW) de capacidade em Geração Distribuída (GD), o “mercado livre de energia dos pequenos”.

 

O Brasil acaba de atingir 30 gigawatts (GW) de capacidade em Geração Distribuída (GD), o mercado livre de energia dos pequenos. Quase 4 milhões de unidades consumidoras (UCs) já geram a sua própria energia elétrica diretamente ou em geração compartilhada associando-se a outros consumidores e usinas de energia. Na GD compartilhada as unidades consumidoras são vinculadas em cooperativas de energia, a chamada “energia por assinatura”.

A geração distribuída tornou-se uma opção viável para os consumidores que buscam economizar na conta de luz e ainda colaborar com o desenvolvimento sustentável, com baixa pegada de carbono.

Liderada pela energia solar fotovoltaica, a geração distribuída cresceu de forma exponencial nos últimos 4 anos. Em 2023, o mercado de GD ultrapassou a significativa marca de R$ 100 bilhões de investimentos acumulados. A projeção é que em 2024 haja um crescimento de 35% no setor.

É impressionante como a energia solar fotovoltaica cresceu no período e ocupou todo o espaço, impulsionada pelos menores custos de instalação e o aumento das tarifas de energia. No início da Geração Distribuída via-se a participação das outras fontes como eólica, hidro e termoelétrica, porém atualmente o segmento avança quase que totalmente com implantações da energia fotovoltaica, com os painéis solares.

O estado de São Paulo lidera o ranking dos estados, com 3,6 GW de potência instalada. Em segundo lugar aparece Minas Gerais também com 3,6 GW. Em terceiro lugar o Rio Grande do Sul com 2,6 GW, em quarto o Paraná com 2,5 GW e em quinto lugar o estado de Santa Catarina com 1,6 GW.

Destaque também para a cidade de Florianópolis com 746 MW instalados, o maior do país dentre os municípios.

O modelo mais utilizado no país é o de geração na própria unidade consumidora com 74% de toda a potência instalada. Em seguida aparecem os modelos utilizados na chamada energia por assinatura, sendo o modelo de autoconsumo remoto ocupando 23% e o de geração compartilhada com 3% apenas de todas as instalações no país.

Em termos de participação nos segmentos da sociedade observa-se o residencial com 48%, que vem ganhando espaço ano a ano, em seguida o comercial que vem caindo para a participação dos atuais 29%, talvez em detrimento da abertura do mercado livre de energia neste segmento. Outras participações relevantes são a rural com 15%, também com grande crescimento no período, e a industrial com 7%, que vem caindo ano a ano, assim como no segmento comercial, em virtude da abertura do mercado livre de energia para todo o “Grupo A”.

O poder público que foi pioneiro no setor e já atingiu 14% de participação, atualmente possui menos de 1%, limitado por sua ocupação na economia circular do país.

Portanto, com base nos dados é possível afirmar que o grande vencedoor com a abertura da geração distribuída no Brasil, realizada em 2012, foi a indústria solar fotovoltaica. Os painéis solares ocupam quase que 100% das mini e micro-usinas instaladas no país. Na outra ponta, também é possível concluir que os grandes beneficiários são os consumidores residenciais que expostos a altas tarifas de energia, têm a possibilidade de reduzir o custo da conta de luz no seu orçamento.

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