Com aquecimento global, consumo de energia em 2023 chega ao maior nível !

Com aquecimento global, consumo de energia em 2023 chega ao maior nível !

Residências e pequenas empresas no Brasil consumiram 2,5% a mais de energia em 2023 do que em 2022. O consumo de energia elétrica no total aumentou 3,7% em 2023, na comparação com o ano anterior. Os dados são da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Uso do ar condicionado por conta do calor extremo é o principal motivo do aumento.

Com isso, o consumo de megawatts médios no país chegou a 69.363, o maior dos últimos anos. Em 2020, ano do início da pandemia de Covid-19, houve uma queda acentuada. Depois o consumo aumentou. Veja a evolução ano a ano desde 2019, ano de referência usado pela CCEE:
Consumo de energia elétrica; conta de luz; fatura de energia

 



Segundo a CCEE, a alta em 2023 foi impulsionada pelas ondas de calor e o aumento no mercado livre de energia – onde estão grandes empresas, que podem negociar a compra de energia direto com o comercializador ou produtor.

“As ondas de calor que atravessaram o país no segundo semestre e o bom desempenho de alguns setores da economia foram os principais fatores para o aumento”, diz a CCEE em nota.

O consumo residencial e de pequenas empresas aumentou 2,5%. Nesse mercado, chamado de “mercado regulado”, as pessoas e as empresas só podem comprar energia da distribuidora local.

“O uso mais intenso de eletrodomésticos como exaustores, refrigeradores e ar-condicionado alavancou a demanda, especialmente nos últimos meses do ano, quando as temperaturas bateram recorde em boa parte do país”, afirma a Câmara de Comercialização.

No mercado livre de energia, o aumento no consumo foi de 5,9%, puxado pelo desempenho de setores como metalurgia, serviços e comércio. A CCEE também aponta que migração do mercado regulado para o mercado livre influenciou o resultado.

De acordo com a entidade, o crescimento de consumo no mercado livre de energia está associado aos seguintes fatores:

>> maior atividade em alguns setores produtivos;
>> novas empresas aderindo ao mercado livre;
>> impacto do calor em setores como comércio e serviços, que também precisaram usar mais os equipamentos de refrigeração

=> Recordes sucessivos

O aumento da demanda por energia já havia sido sinalizado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) em seus relatórios diários.

Em novembro, a onda de calor que atingiu a maior parte do Brasil fez com que a demanda por energia batesse recordes consecutivos, atingindo mais de 101 GW (gigawatts) em momentos de pico.

Com a onda de calor, houve maior demanda por energia, com uso de ar-condicionado, ventiladores e outros eletrodomésticos, por exemplo.

Ondas de calor são comuns no período de transição entre a primavera e o verão. No entanto, na avaliação de especialistas, o fenômeno climático El Niño e o aquecimento global intensificaram o aumento nas temperaturas.

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